terça-feira, 5 de abril de 2011

Pela 1ª vez em Brasília, Ozzy canta clássicos da banda e da carreira solo

Existem maneiras distintas de enxergar a figura de Ozzy Osbourne. Para alguns, o cantor britânico de 62 anos é o pai de família atrapalhado do reality show The Osbournes — um seriado que jogou luz no lado mais excêntrico, cômico, dramático e, claro, afetivo de Ozzy e seus parentes.

Para outros, o ex-vocalista do Black Sabbath é uma lenda viva do rock’n’roll, um músico que ajudou a popularizar o rock pesado do começo dos anos 1970 — e, consequentemente, a fundar algumas das bases do heavy metal. Alguém cuja trajetória, tanto no Sabbath quanto na bem-sucedida carreira solo, foi marcada por excessos e escândalos. Álcool, drogas e morcegos decapitados fizeram parte de momentos conhecidos da vida do Príncipe das Trevas. Mas nada foi capaz de pará-lo.


 (Andre Vicente/Folhapress )


O Ozzy que se apresenta em Brasília hoje, pela primeira vez (às 21h30, no Ginásio Nilson Nelson), se diz longe de vícios. A não ser daquele que o move desde que começou na música. “Continuarei fazendo turnês mesmo morto!”, exclamou na entrevista coletiva realizada em São Paulo, na última sexta-feira. Ali, diante dos jornalistas, Ozzy deixou claro mais uma vez seu talento para divertir as pessoas. Com bom humor, respondeu perguntas sobre sua coluna de saúde, Dr. Ozzy (“se vocês a lerem, não levem a sério!”), a vida familiar (“em casa eu só recolho o cocô do cachorro. No rock, eu sou o rei”), recordações do Brasil (“no Rock in Rio, em 1985, toquei no maior lugar e para o maior público da minha carreira até então. A paixão dos brasileiros pela música é perceptível e eu amo tocar aqui”) e como escolhe os guitarristas para sua banda (“prefiro sempre os músicos amadores. Os jovens guitarristas querem ser campeões do mundo, não estão acomodados como os guitarristas famosos”).

Vigor
Questionado sobre quem levou a vida mais louca, ele ou o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards (que, tal qual Ozzy, teve uma biografia lançada no ano passado), o cantor disse que não saberia responder. “Isso não é uma competição, sabe?”, emendou. Mas em comum, esses dois ícones do rock têm uma vitalidade que parece transcender suas idades. Sábado à noite, em show em São Paulo, os 30 mil fãs presentes na Arena Anhembi puderam conferir o vigor que Ozzy já tinha mostrado em Porto Alegre, onde se apresentou em 30 de março, na primeira data da turnê brasileira — que além de São Paulo e Brasília, passa ainda por Rio de Janeiro, em 7 de abril, e Belo Horizonte, dia 9.

Do momento em que surge em cena até alcançar o microfone, Ozzy lembra a figura frágil do seriado The Osbournes: um tanto corcunda e caminhando com dificuldade. Mas quando começa a cantar — e sua voz continua inconfundível, como nos discos —, ele se transforma, se agiganta diante da plateia. Ao longo de uma hora e meia, o cantor é o dono de um espetáculo que passeia por sucessos da carreira solo e cinco músicas do Black Sabbath. Do disco mais recente, Scream (2010), mostra apenas uma música (o set list foi o mesmo em Porto Alegre e São Paulo e assim deve ser também em Brasília). A banda que acompanha o cantor é formada pelos competentes Gus G. e Adam Wakeman nas guitarras (o segundo, também nos teclados), Rob Nicholson no baixo e Tommy Clufetos na bateria.

Em entrevista feita por telefone, ainda em fevereiro, Ozzy conclamou os fãs para o show: “O quanto mais loucos vocês forem, melhor!”. Mas alerta: “Loucos no sentido de diversão. Não vão matar uns aos outros!”

O repórter viajou a São Paulo a convite da produção

Ozzy Osbourne
Hoje, às 21h30, no Ginásio Nilson Nelson. Show com o cantor britânico Ozzy Osbourne. Abertura: Sepultura. Ingressos: pista premium (1º lote): R$ 500 e R$ 250 (meia); pista/cadeira: R$ 300 e R$ 150 (meia); arquibancada: R$ 240 e R$ 120 (meia). À venda pelo site www.ticketsforfun.com.br , na Central de Ingressos (piso G1 do Brasília Shopping) ou na loja Free Corner Concept (304 Sul). Não recomendado para menores de 16 anos (de 12 a 15 anos somente acompanhado pelos pais ou responsáveis).

FONTE: Correio Brasiliense

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