terça-feira, 29 de setembro de 2015

Liderado por Alice Cooper, Hollywood Vampires reúne feras do rock em show cover no Rock In Rio.

Alice Cooper, 67, no comando das feras do Hollywood Vampires e o repertório de clássicos do rock
De repente aparece uma mocinha ousada no palco para fazer as vezes de Robert Plant. Ou, por outra, de Jimmy Page. Ou ainda, numa terceira via, cantar como Plant e tocar como Page no clássico “Whole Lotta Love”, do Led Zeppelin. Ela é recebida por ninguém menos que Alice Cooper, em pleno Palco Mundo do Rock In Rio, que está abarrotado de estrelas do rock. Ela é Lizzy Dale, que, mais cedo, no mesmo dia 24, quinta passada, fez marcante apresentação no Palco Sunset com sua própria banda, a Halestorm. E, naquele palcão, com tanta gente gigante do mundo do rock, tem destaque absoluto cantando e tocando guitarra pra uma multidão considerável na Cidade do Rock.
Esse extrato do show do Hollywood Vampires é só um exemplo da atuação da mais cara banda cover de que se tem notícia. Sim, com tanto astro no palco, poderíamos até chamar de super banda, mas com uminha música própria só fica difícil. Estão no baile o guitarrista do Aerosmith, Joe Perry; Duff McKagan e Matt Sorum, respectivamente ex-baixista e baterista do Guns N’Roses; e o contrapeso Johnny Depp, espécie de Maurício Matar de Hollywood, trajado com o figurino de um de seus personagens. Em se tratando de covers, o repertório até que tem músicas pouco conhecidas, ao menos no Brasil, ao menos para um público pouco seleto com o do Rock In Rio. Por isso “7 and 7 Is”, do Love, e “Jeepster”, do T. Rex, quase passam despercebidas.

Johnny Depp, em sue papel mais difícil, toma aulas com Joe Perry, guitarrista do Aerosmith
Cabe ao público melhor resposta, então, para a fusão de “School’s Out”, de Alice Cooper, com “Another Brick in the Wall Part 2”, do Pink Floyd, de temática semelhante. É quando entram em cena o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser (que não perderia essa por nada desse mundo) e o atual baterista do The Who, Zak Starkey, completando a lista de participações. Entre todas elas não se pode deixar de destacar a mão pesada e precisa de Sorum, a figura emblemática de Duff, principalmente quando acumula os vocais, e os solos do mestre Joe Perry, sobretudo em “I Got A Line On You”, do Spirit, que tem um riff chicletudo, e em “Billion Dollar Babies”, do próprio Cooper.
Embora sem nada a contribuir e tocando um repertório surrado na maior parte do tempo, o público não está nem aí e adora, assim como aconteceu em diversos shows do tipo “tributo a alguma coisa” dessa edição do Rock In Rio. Ora, por que não trazer Alice Cooper com seu horror show, no qual ele decepa a própria cabeça ao vivo? Ou mesmo o Aerosmith, que vem frequentemente ao Brasil? Ou uma das bandas de Matt Sorum, que tem trabalho lançado como guitarrista e cantor, ou de Duff McKagan? Ou, ainda, um trabalho solo do ator? Assim, fica tudo óbvio demais e por isso o sopro de novidade é justamente a mocinha Lizzy Dale, seguramente a mais jovem figura a subir no Palco Mundo durante o show do Hollywood Vampires.

Alice Cooper com o ex-baixista do Guns N'Roses, Duff McKagan, fazendo a segunda voz no fundo
Ainda assim, é impossível não se sentir atraído pelo carisma de Alice Cooper, 67 anos de história nas costas. Ele circula pelo palco de lado a outro, cantando e fazendo as vezes de mestre de cerimônia com um impressionante naturalidade. Não se vê, por exemplo, Cooper pedido para o público pular, bater palmas ou cantar refrão, como acontece hoje em dia. A interação proporcionada pela participação do povão se dá pela própria música e pelo carisma que Tia Alice exala o tempo todo. O mesmo se pode falar de Duff McKagan e Joe Perry, e até de Matt Sorum lá atrás. Porque todos eles já nos fizeram a todos muito felizes em algum momento, e vê-los em ação, bem ali na frente, é o que faz de um show como esse uma experiência que emociona pra valer. Mesmo que isso não esboce futuro algum para nada.


Set list completo:

1- Raise the Dead
2- My Generation
3- I Got a Line on You
4- Cold Turkey
5- Five to One/Break On Through (to the Other Side)
6- Manic Depression
7- 7 and 7 Is
8- Whole Lotta Love
9- Jeepster
10- I’m a Boy
11- School’s Out/Another Brick in the Wall Part 2
12- Billion Dollar Babies
13- Train Kept A-Rollin’
14- Brown Sugar

Todo o carisma e a boa forma de Alice Cooper, que atua como mestre de cerimônias no show

Fotos Divulgação Rock In Rio/I Hate Flash: Diego Padilha.

Brasília Connection: videoclipes do rock local


Brasília Connection é um veterano quadro do programa Cult 22 que toca o rock independente local. E passou a ser também uma coluna semanal do nosso blog para divulgar os clipes das bandas da cidade, entre lançamentos e/ou vídeos recentes e também flashbacks.

Quem quiser publicar na coluna é só mandar o link do vídeo para o nosso e-mail cult22@cult22.com. Mas atenção: tem que ser de banda de rock (qualquer estilo), formada no DF e que seja videoclipe. Não valem apenas imagens de shows ou de estúdio sem um mínimo de produção e direção. A ideia é valorizar – e até estimular – a produção dos videoclipes locais, ok?

Nesta semana vamos com Dark Avenger, Sexy Fi, Lucy and the Popsonics, Beto Só (que toca nesta quinta-feira no Velvet Pub) e uma recordação do D.F.C..

Dark Avenger – “Parasite”


Sexy Fi – “Pequeno Dicionário das Ruas”



Lucy and the Popsonics – “Eu Vou Casar Com Um Cosmonauta”



Beto Só – “Meus olhos”



D.F.C. – “Mentira de eleição” (1996)



Fonte: Cult 22

Nightwish: Uma banda totalmente revigorada


Por Ricardo Pagliaro Thomaz

Estes dois últimos anos foram uma época estranha para o Rock e, em especial, para o Heavy Metal. Tivemos diversos casos em que bandas perdiam seus integrantes e recebiam participações especiais que iriam ficar temporariamente, mas acabavam aderindo à formação da banda. Um exemplo foi o Spock's Beard, que foi uma das primeiras bandas que tive notícia. O vocalista Ted Leonard, do Enchant iria ficar temporariamente na banda de Rock Progressivo, mas no fim, acabou sendo o novo integrante da banda; Outro foi o Angra, com a saída de Edu Falaschi e a entrada do italiano Fabio Lione, que também era um membro temporário, e acabou ficando como o novo vocal do grupo brasileiro; o que nos faz chegar ao Nightwish.

Eu tenho estado desanimado e de má vontade com o Nightwish desde a saída da espetacular Tarja Turunen. Aquela segunda vocal que os caras escolheram, Anette Olzen, não me convenceu nos dois álbums que gravou com o grupo, por mais que ela se esforçasse, fazendo eu perder a vontade de acompanhar a banda. Para mim, ninguém poderia substituir a Tarja, que sempre considerei uma cantora soprano excepcional, estando portanto sempre animado com cada álbum que a banda lançava. Tenho o duplo ao vivo End of an Era (2006), e acabei perdendo as contas de quantas mil vezes já escutei aquele disco ao vivo maravilhoso e sem igual. A banda, em End of an Era, tem a sua melhor performance ao vivo, especialmente Tarja que brilha a cada nota cantada, fazendo com que esse seja um dos meus discos ao vivo favoritos. Para mim era o fim do Nightwish.

Então alguma coisa acontece e faz com que Anette Olzen seja dispensada da banda após o álbum Imaginaerum (2012), o que, assim como aconteceu com as bandas que citei antes, levantou muitas questões com relação ao futuro. Então, chegamos no ponto culminante que faz com que todas estas três bandas tenham algo em comum, além do já ocorrido: o novo integrante que era um "funcionário temporário", só para preencher buraco, não somente passa a ser membro da banda mas também dá muito certo. Tão certo que faz com que todas as três bandas se re-estabilizem em suas trajetórias e entre a base de fãs e continuem seus caminhos.

No caso do Nightwish, a substituta de Tarja, Anette, era meio destrambelhada, e, verdade seja dita, não chegava nem perto do talento que era necessário para preencher um buraco tão grande deixado por Tarja no grupo, apesar de ter uma voz até que boa, me parecendo uma versão genérica da Candice Night, vocalista do Blackmore's Night. Seus dois discos com o grupo, Dark Passion Play (2007) e o já citado Imaginaerum não são ruins, tem alguma coisa de bom, mas não deixam de serem genéricos, perto do que o grupo conseguiu realizar com Tarja. Eles não tem um tema ou melodia que você realmente irá se lembrar no futuro; quanto mais eu escutava aqueles dois discos, mais eu sentia vontade de ouvir o meu End of an Era novamente, ou então algum mais clássico, como o Century Child (2002) ou o Once (2004). A inspiração do grupo nesta era da Anette me parecia estar em baixa.

É aí que Floor Jansen, ex-After Forever entra em cena. Apesar do fim de seu antigo grupo, a vocalista estava ocupada com um outro projeto chamado ReVamp. Ela então deixa o projeto em hiato após dois discos, para se dedicar inteiramente ao Nightwish. O resultado é bastante satisfatório!

Claro, Jansen não é nenhuma Tarja Turunen, nem tampouco é capaz de fazer aqueles vocais sopranos operísticos sensacionais da mesma forma que Tarja fazia, mas a experiente vocalista dá conta do recado muito bem, além de ter bastante talento e ser muito dedicada. Seu ótimo trabalho com o After Forever fala por si só, e nos dá a certeza de que na falta de Tarja, Floor era a única possibilidade de se dar continuidade à banda. Outro contratempo, é a saída do baterista Jukka Nevalainen que vinha acompanhando a banda desde o começo e teve que se ausentar dela por estar sofrendo de insônia, sendo substituído (temporariamente) pelo baterista Kai Hahto. Claro, vamos torcer para que o líder do Nightwish, Tuomas Holopainen, não resolva despedir outra vocalista! Se tudo correr bem, o Nightwish terá um bom futuro.

E assim nos mostra este primeiro álbum com Floor, com o singelo título Endless Forms Most Beautiful. Aliás, título mais do que adequado por se tratar de um recomeço, porque esta é uma frase que aparece no livro On the Origin of Species, escrito por Charles Darwin, e que serviu de inspiração para as composições do álbum.

O álbum, de forma geral, nos mostra uma banda totalmente revigorada após um período turbulento, e que parece ter finalmente se encontrado após tantas mudanças. A começar pela excelente "Shudder Before The Beautiful", que abre o disco e recupera aquela garra que a banda tinha com a Tarja, e que finalmente nos traz melodias fantásticas após um longo tempo; Floor já mostra do que é capaz, trazendo toda sua experiência com o After Forever para a banda. "Weak Fantasy" também capricha nas instrumentações e na orquestração, se mostrando outro grande destaque com o vocal dramático de Floor, que capricha na interpretação. O single "Élan" também se mostra uma composição bem forte, possuindo, ao mesmo tempo, delicadeza e firmeza com muita classe e categoria, além de um refrão e uma linha melódica que gruda na cabeça. "Our Decades In The Sun" é uma balada de 6 minutos e meio com grandes temas e melodias que encantam e ilustram mais uma vez a habilidade da banda de compôr grandes temas.

"Endless Forms Most Beautiful", a faixa título, também se mostra outro destaque e mais um grande tema do grupo que certamente causará comoção nas apresentações ao vivo. Também gostei demais dos arranjos melódicos de "Edema Ruh", que mais uma vez ilustra o lado soft do grupo de forma satisfatória e com uma instrumentação impecável. Uma coisa que me agrada muito são as linhas instrumentais de gaita de fole no meio da instrumentação, que me dão a sensação de estar ouvindo um tema folk belíssimo. A semi-instrumental climática "The Eyes Of Sharbat Gula", que parece um tema xamanista também é de uma beleza sensacional e com um coral fabuloso que faz a gente cantar junto o refrãozinho.

O disco então fecha com a excelente faixa épica de 24 minutos "The Greatest Show On Earth", contendo temas cinematográficos absolutamente fantásticos e passagens que farão o ouvinte viajar nos temas musicais para montanhas e paraísos naturais e uma narrativa que cita o livro do Richard Dawkins de mesmo nome que contém supostas evidências para a teoria da evolução biológica. O pesquisador septuagenário também participa do disco nas partes narrativas. Independente se você acredita ou não em tal teoria, a narrativa é bem feita e prende a atenção para as partes instrumentais. O épico também recupera alguns temas anteriores de outros álbuns do grupo, criando aí uma conexão de todo com a obra do Nightwish.

Eu sinceramente acredito, ou pelo menos quero acreditar, que este período estranho pela qual passou estes grupos, e em especial, o Nightwish, tenha servido para um propósito, o de se re-encontrarem, corrigirem possíveis rotas e restabelecerem seu caminho rumo a um futuro brilhante. Que tenham então crescido com a experiência e sigam em frente com mais música de qualidade. Eu absolutamente recomendo este novo álbum do Nightwish, que se pelo menos não tem a Tarja, também não deixa de nos impressionar com os encantos de Floor, que se mostra aqui a mais nova força na banda finlandesa veterana.

Endless Forms Most Beautiful (2015)
(Nightwish)

Tracklist do CD:
01. Shudder Before the Beautiful
02. Weak Fantasy
03. Élan
04. Yours Is an Empty Hope
05. Our Decades in the Sun
06. My Walden
07. Endless Forms Most Beautiful
08. Edema Ruh
09. Alpenglow
10. The Eyes of Sharbat Gula
11. The Greatest Show on Earth
- I. Four Point Six
- II. Life
- III. The Toolmaker
- IV. The Understanding
- V. Sea-Worn Driftwood

Selo: Nuclear Blast, Roadrunner

Nightwish é:
Floor Jansen: voz
Emppu Vuorinen: guitarra
Marco Hietala: baixo
Tuomas Holopainen: teclados
Troy Donockley: gaita de fole, bodhrán, bouzouki

Participações:
Kai Hahto: bateria
Orchestre de Grandeur: orquestrações
Richard Dawkins: narração

Discografia anterior:
- Imaginaerum (2011)
- Dark Passion Play (2007)
- Once (2004)
- Century Child (2002)
- Wishmaster (2000)
- Oceanborn (1998)
- Angels Fall First (1997)

Website:

Fonte: Whiplash

BRUCE DICKINSON: QUANTO MELHOR MÚSICO VOCÊ É, O MAIS FÁCIL É FAZER MÚSICA PORCARIA E SEM ALMA!


Shad, do programa de arte e cultura Q, da CBC Radio One, recentemente conduziu uma entrevista com o vocalista do IRON MAIDEN, Bruce Dickinson. Você pode assistir ao bate-papo agora, no vídeo abaixo. Um par de extratos retirados da conversa (transcrito pela BLABBERMOUTH.NET).

Sobre os temas líricos cobertos no novo álbum do Iron Maiden, “The Book of Souls”:

“Eu não acho que poderíamos ter entrado em grandes conceitos... Bom, nós não entramos em grandes conceitos neste álbum. Cada música tem seu próprio mundinho. E há apenas dois de nós na banda, realmente, que escrevem as letras – eu e Steve (Harris, baixista do Iron Maiden). Então, geralmente, se o Steve co-escreve uma música, ele tende a escrever a letra, a não ser que ele co-escreva comigo, porque neste caso eu provavelmente irei escrever a letra, ou talvez iremos escrever entre nós dois, ou o que seja. Então, quatro de dez ou onze músicas tem minhas letras, e o resto delas são do Steve. Você sabe, suas letras têm mudado com o passar dos anos, e, obviamente, porque eu as canto, eu notei que o jeito que ele usa a linguagem tem começado a mudar, e quanto mais de natureza pessoal seus assuntos têm se tornado... tem uma certa nudez ali."

“Eu acho, conforme vamos seguindo pela estrada – sim, estamos envelhecendo, e as pessoas ao nosso redor também – nós perdemos alguns amigos pelo caminho. Quer dizer, alguns se foram logo no começo – nos anos 80 – mas recentemente a taxa de perdas, infelizmente, tende a acelerar conforme você vai envelhecendo. E eu acho que as pessoas começam a pensar em sua própria mortalidade um pouco mais, e você começa a trazer isso para sua música um pouco mais. É como eu digo, eu não quero falar muito sobre as letras dele, porque são as palavras dele, mas eu as canto, então eu recebo um certo tipo de vibe delas, que é um pouco diferente neste álbum.”

Sobre a evolução musical do Iron Maiden com o passar dos anos:

“O problema é, quando você se acostuma a fazer parte de uma banda como o Maiden, e vê o que os músicos são capazes de fazer individualmente, quando eles estão apenas brincando e não sendo gravados, você pensa, ‘Uau! Tem muito mais coisa que nós podíamos fazer.’ É só uma questão de nos pegar todos ao mesmo tempo, no lugar certo, na hora certa, com o tipo certo de sentimento, e capturar isso. E este é o problema – álbuns não são lançados com tanta frequência ultimamente. Pegar todo mundo junto num mesmo lugar com o mesmo tipo de humor... E basicamente tudo se resume a isso. Se você olhar para o começo de carreira de bandas – quer dizer, todo mundo que... você sabe, as maiores bandas – eles lançaram um, dois, três, talvez quatro álbuns, talvez o mais rápido possível, esse tipo de coisa – se eles realmente forem bem sucedidos – esse será o alicerce para os próximos vinte e cinco anos, se eles durarem tanto tempo; eles ainda vão estar tocando algumas dessas músicas vinte e cinco anos depois, porque é isso. E depois disso, é extremamente difícil – fica exponencialmente difícil – criar aquele tipo de excitação."

"Então você pode esperar trinta anos antes de fazer outro álbum, ou coisa assim... Mas se você quer continuar fazendo álbuns, é muito difícil conseguir lidar com coisas que genuinamente parecem diferentes. Na maioria das vezes, é porque isso é sobre um estado emocional no qual todos tem que estar – todos tem que se trancar e estar em sincronia, e o som tem que ser certo e tudo tem que ser... para que você possa apenas tocar de um jeito especial que soe de modo relaxado e humano. É fácil fazer coisas, tipo, por números, e isso se torna mais fácil quanto melhor você é. Quanto melhor músico você é, o mais fácil é de criar música porcaria, sem alma. Se você pegar uma porção de garotos que estão tocando no auge de suas habilidades, haverá uma excitação e uma energia que sai deles que os velhos incompetentes no estúdio ao lado apenas não serão capazes de replicar. Então o segredo é, como você faz para que os velhos incompetentes no estúdio ao lado, que já têm todas essas marca, realmente consigam pegar a essência e o sentimento e a alma de volta? Quer dizer, no caso de alguém como os ROLLING STONES, eles levam seis meses para gravar um álbum... Nós realmente não podemos nos dar a esse luxo. Eu acho que poderíamos, mas, para ser honesto com você, eu ficaria entediado se estivesse fazendo isso – eu realmente ficaria. [Eu diria], ‘Falem sério, caras!’ Você sabe? Mas, nesse álbum, nós fizemos algumas coisas diferentes, mudamos um pouco a marcha do passo, uma mudança de atitude, uma mudança de estúdio... um ótimo estúdio, uma antiga vibe muito confortável... vibe antiga com muitas novas tecnologias disponíveis, mas estava tudo por trás das cortinas, então você podia apenas fingir que elas não existiam. Nós tínhamos até toca-fitas lá – daqueles bem antigos. Não haviam fitas neles, mas eles estavam lá, então você podia meio que olhar pra eles e pensar, ‘ah, eu me sinto meio estranho agora. Eu acho que estou de volta a, tipo, 1978.’ E isso só acrescenta à atmosfera como um todo.”

O décimo sexto álbum de estúdio do Maiden – e o primeiro duplo – “The Book of Souls”, foi lançado mundialmente no dia 04 de Setembro, pela Parlophone Records (BMG, nos E.U.A.). O CD foi gravado em Paris, com o produtor KEVIN SHIRLEY, no final de 2014, com alguns toques finais acrescentados neste ano.

O Iron Maiden anunciou, em Maio, que os planos de turnê para apoiar o novo álbum não aconteceriam antes de 2016, para permitir a Dickinson tempo suficiente para se recuperar depois de seu bem sucedido tratamento contra o câncer.

Acompanhe a entrevista gravada:



Fonte: Blabbermouth

Megadeth: Site oficial começa a tocar nova música?


Uma contagem regressiva no site do MEGADETH indica que novidades serão divulgadas em quatro dias. Mas enquanto a contagem não termina um som de bateria começou a tocar na tela que mostra a contagem. Trata-se muito provavelmente da bateria de um trecho de uma nova faixa. Arriscando um pouco, imaginamos que os outros instrumentos serão acrescentados a cada dia.

Ouça no link abaixo. Basta aguardar alguns segundos.




Fonte: Whipslah

Guns N' Roses: álcool, drogas e intrigas nos primórdios da banda


Andando por Los Angeles em abril de 2010, um dos membros da equipe GN'R Online BR encontrou Tony Monson, gerente do estúdio da Geffen desde 1981, que presenciou todo o processo de gravação do GUNS N'ROSES desde seu primeiro disco, "Appetite For Destruction", até meados do "Chinese Democracy".

Conseguimos uma entrevista com ele, que nunca antes havia falado com a mídia e revela coisas exclusivas.

Segue abaixo a entrevista:

O que passou pela sua cabeça quando você viu o Guns N' Roses pela primeira vez?

Tony: "Eu pensei que fosse uma bandinha, apenas um bando de garotos drogados e bêbados sem talento e experiência alguma. Porém, logo que escutei os primeiros riffs de 'Welcome To The Jungle' eu fiquei arrepiado".

Como foi para o estúdio (desconhecido na época) ter gravado o "Appetite For Destruction"?

Tony: "Todas as pessoas que se envolveram neste disco ficaram impressionadas logo quando o 'Appetite' começou a ser vendido. Logo outras bandas também quiseram gravar com a gente, foi muito importante ter gravado este disco em nossa casa".

Como foi o envolvimento com drogas nas gravações dos discos?

Tony: "Rolou muita intriga, principalmente no processo de gravação do 'Lies', aonde o Steven e o Slash chegavam totalmente bêbados e caídos. Axl não era diferente, adorava drogas, mas na hora de gravar sossegava e quando encerrava a sessão de gravação sentava em um sofá no fundo do estúdio, pegava uma garrafa de tequila e cheirava um pouco. Izzy e Duff preferiam os cigarros, fumavam um atrás do outro, o estúdio fedia e ficava incômodo pra quem estava lá".

Como você resume estes cinco caras que formaram o Guns N' Roses?

Tony: "Axl era muito rebelde porém era responsável, Slash sempre quieto, dando prejuízos e quebrando as nossas guitarras às vezes, Adler muito simpático e carismático, mas quando sentava à frente da bateria virava uma fera das baquetas, Duff sempre feliz com seu cigarrinho, dava muitas risadas junto com o Adler. O Izzy é um cara totalmente diferente da banda quanto ao modo de se comportar em estúdio, ele ficava todo sério nas gravações".

Em que período começaram as gravações do "Chinese Democracy"?

Tony: "Em 1998 quando o Axl apareceu com uma banda nova, com letras diferentes dos discos anteriores e dizendo que gostaria de fazer um rock com um pouco de Nine Inch Nails".

Quando realmente saiu a primeira música totalmente pronta do "Chinese Democracy"?

Tony: "Foi em 1999 quando nós sentamos e escutamos uma versão totalmente pronta de 'Chinese Democracy'".

É realmente verdade que o "Appetite For Destruction" foi regravado?

Tony: "Sim é verdade, foi em fevereiro de 2002, quando o Axl chegou para nós e disse que gostaria de lançar um box com todos os discos da banda gravados pelo novo Guns N' Roses".

Para finalizar, gostaria de dizer algo?

Tony: "Claro, foi uma honra ser entrevistado por um jovem que é fã de uma banda histórica Lembrando que a última vez que a banda passou por este estúdio foi em 2003".

Por GN'R Online BR

Fonte: Whiplash 

Angra: A estreia de Marcelo Barbosa tocando o clássico "Carry On"


O guitarrista Marcelo Barbosa, do ALMAH, entrou literalmente num teste de fogo, imbuído de tocar o clássico eterno do ANGRA, “Carry On” no palco do Rock in Rio. Assista no player abaixo.


Fonte: Whiplash