sexta-feira, 22 de abril de 2011

Motorhead: São Paulo, 16/04/11

São poucas as bandas que com mais de 30 anos de estrada com moral para mexer com o público como faziam no início de tudo. E sem dúvidas o Motörhead ainda é dessas que causam dores no pescoço de muitos headbangers pelo mundo afora
O texto representa a opinião do autor e não necessariamente a opinião do Whiplash! ou de seus editores.
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Mas a noite não começou bem para aqueles que esperavam por Lemmy e seus asseclas, pois tiveram que enfrentar um show de abertura que foi, no mínimo, ruim. O Alarde, de São José dos Campos, foi responsável por um incômodo sonoro que durou longos 45 minutos e irritou o público presente, que vaiou a banda constantemente, jogou algumas coisas no palco e chegou até a ficar de costas enquanto os caras tocavam. Não critico a qualidade dos músicos, pois eles tem qualidade, mas a proposta simplesmente não era para aquela ocasião.
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Simples e objetivo. Esse é o Motörhead. Num Via Funchal cheio de gente que se dispôs a gastar uma bela grana por um bem maior, a recompensa foi à altura. É louvável ver o que aqueles 3 “tiozões” fazem pelo Rock and Roll.
Em alto e bom som ("Good and loud" como diz o maior hino da banda), cumpriram com o esperado. O Motörhead é uma banda que não inova, não muda e nunca desagrada. Lemmy Killmister, Mikkey Dee e Phil Campbell estão juntos há tanto tempo (a formação está aí desde 1992) que dá pra considerar essa como uma formação bem interessante, o que traz ao espetáculo um algo mais. Extremamente carismáticos (carisma não quer dizer frescura, ok? São diretos e retos ao se dirigirem ao público, sem bajulações) tocaram o show com uma perícia de poucos. O tempo de estrada faz muito bem a eles.
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Com um setlist equilibrado, sem precisar provar nada pra ninguém nem se prender a uma única época, podendo apresentar hits de todas as fases da banda, agradaram a Gregos e Troianos, o que não é difícil para uma banda que errou muito pouco ao longo da carreira de quase 40 anos. Outro fato a favor é que a banda tem vindo regularmente ao Brasil, logo, não precisam ficar se preocupando em fazer um show com um setlist de 1986.
Abriram o show com "Iron Fist", mostrando para o que vieram. A banda que influenciou todas as outras bandas. Ao lado do Kiss, são os maiores nomes do Rock and Roll pôrraloca mundial (tem os Stones, mas eles são mais para o Rock and Roll de terno e gravata). Emendaram "Stay Clean" e tudo ficou claro e limpo: teríamos muito barulho. Daí pra diante, uma mistura de fases, mas um excelente setlist, apesar da curta duração.
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. - Iron Fist
. - Stay Clean
. - Get Back In Line
. - Metropolis
. - Over the Top
. - One Night Stand
. - Rock Out
. - Guitar Solo
. - The Thousand Names of God
. - I Got Mine
. - I Know How to Die
. - The Chase Is Better Than the Catch
. - In the Name of Tragedy (solo de bateria)
. - Just ‘Cos You Got the Power
. - Going to Brazil
. - Killed by Death
. - Ace of Spades
. - Overkill

Por: Alexandre Cardoso (alexandre@allfotos.fot.br) e Rafael Kuvasney (http://planetwide-suicide.com/)
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Fonte: Whiplash! 

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