segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ingressos de shows sobem quase o dobro da inflação na década


Obs: O Ingresso justo apenas está divulgando o artigo e não concorda ou discorda com tudo que foi dito. Apenas queremos divulgar e discutir o que é publicado na mídia sobre o assunto.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Publicado no Portal R7A temporada de shows internacionais mal começou e, de novo, o dilema dos ingressos com preços extraordinários. Mesmo com valores que ultrapassam o salário mínimo (R$ 560), os brasileiros lotam as filas dos estádios, madrugam na internet e se dispõem a pagar quase o dobro que os estrangeiros pagam lá fora para ver o seu ídolo.Mas por que tudo está tão caro? Bom, em partes tem a ver com o fato de que o brasileiro tem tido mais grana para se divertir. Por outro lado, os impostos e a aceleração geral nos preços (aluguel mais caro, luz, aumento dos salários dos funcionários) também pesam no bolso dos produtores que apertam o cerco na bilheteria.Levantamento obtido com exclusividade pelo R7 mostra que tanto os shows musicais, como o teatro e até mesmo o cinema tiveram uma variação de preço superior à inflação em 12 meses entre junho de 2002/2011.Segundo o economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas, responsável pelos dados, o aumento nos preços reflete a maior disposição do brasileiro em gastar com a diversão.- Existe uma transformação gradual na distribuição de renda das famílias ao ponto de ela interferir nas escolhas dos consumidores. Antes, o brasileiro só gastava com comida e habitação. Hoje, com uma maior distribuição, as pessoas têm tido hábitos que antigamente não tinham, o que inclui pagar R$ 200 em um ingresso de um show de música ou teatro, como ir ao cinema com mais frequência.Ingressos de dois dígitosA era dos ingressos de dois dígitos começou em meados de 2000, quando os shows de música, em especial, os internacionais, começaram a passar a marca de R$ 100. Basta lembrar que o ingresso na área VIP do show do Sting na terceira edição do Rock in Rio, em 2001, custava R$ 250, uma “facada” para a época. Em 2009, o ticket para a mesma área nobre, intitulada hoje de “pista premium”, sai por R$ 500.Mas por que essa galopada nos preços? Para Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo, essa época coincidiu com a entrada do Brasil no mercado internacional de show business.- Houve uma pressão forte de demanda [pessoas querendo ir aos shows] e os produtores viram aqui a oportunidade de aproveitar esse crescimento. Na verdade, aqui no Brasil os shows custam mais caro porque é uma forma de eles pagarem o alto custo das produções nos seus países de origem. O brasileiro paga R$ 500 em um ingresso, coisa que o estrangeiro não faz.Mas não é só de flores que vivem os músicos. Produzir um show aqui, seja ele musical ou teatral, pode custar quase o dobro que lá fora. Isso porque a parafernália dos equipamentos faz com que os gastos com logística (transporte) tripliquem no país. Fora isso, os gastos com pessoal, que inclui a parte técnica, também pesa bastante.Para Célia Forte, produtora cultural há 26 anos, o tamanho da produção é o que dita o valor do ingresso. A bilheteria, no entanto, responde por muito pouco do faturamento do espetáculo, já que a meia-entrada responde por 80% dos pagantes.- Existem alguns casos onde é permitido que a gente trabalhe com ingressos a preços mais populares. Existem algumas produções que a gente faz só com o dinheiro dos amigos. O aluguel do teatro está mais caro, se antes o proprietário cobrava R$ 10 hoje ele cobra R$ 30. Aumentou o custo dos funcionários, luz, tudo é mais caro hoje em dia.

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