quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

“OS FILMES DE TERROR DE HOJE SÃO UMA PORCARIA”, DECRETA SLASH

Enviado por: Bernardo Marcondes
Traduzido por: IMPRENSA ROCKER

O site do “Charlotte Observer” publicou uma entrevista exclusiva com Slash, na qual o guitarrista fala de seu álbum solo, escolha do vocalista para o Velvet Revolver, sua empresa de produção de filmes de terror, dentre outros assuntos.
Confira a entrevista completa, em português, com exclusividade no IMPRENSA ROCKER!
Poucos guitarristas são grandes o suficiente por si só para conseguir ser a atração principal de uma turnê solo, ou fazer um álbum solo que fique entre os cinco primeiros das paradas, mas Slash não é qualquer guitarrista. Além de ter tocado no Guns n’ Roses e no Velvet Revolver, ele tocou com Michael Jackson, foi o rosto do “Guitar Hero” e no começo deste mês se apresentou no show do intervalo do “Super Bowl”. Em 2010 ele lançou um álbum recheado de estrelas, trazendo cantores como Fergie, Adam Levine do Maroon 5, Kid Rock e Myles Kennedy do Alter Bridge (Nota do Tradutor: É engraçado como, pelo texto, a gente sabe qual o público do veículo. Se o “Charlotte Observer” fosse voltado para o público Rock n’ Roll, ao invés destes vocalistas citados, eles teriam colocado Ozzy, Lemmy, Iggy Pop, Ian Ashtbury, etc.), que irá cuidar dos vocais na apresentação do guitarrista hoje, às 20h, no “The Filmore”.
O Super Bowl foi um lance importante para você?
Não estava na minha lista de “coisas a fazer”. Não que eu tenha uma lista. Definitivamente me senti honrado de ter recebido o convite.

Muitas pessoas se surpreenderam pelo fato de Fergie ter participado de seu álbum. Você acha que o público a subestima?
As pessoas constroem uma imagem ou uma impressão em suas mentes sobre quem alguém é e têm dificuldade de mudar isso. Isto definitivamente surpreendeu as pessoas. Quando o boato apareceu, elas pensaram que eu tinha virado Pop ou algo do tipo. Eu escutei Fergie cantar uns lances de Rock alguns anos atrás. Eu tinha uma canção para uma vocalista de Rock, e ela automaticamente veio à minha cabeça.

Mas as pessoas já tinham estabelecido Fergie como um tipo de diva Pop, o que é sensato de supor. Eles ficaram realmente chocados quando ouviram a respeito e então, quando escutaram a canção, ficaram meio que, “Oh, ok”. Com o resto do disco, foi muita informação para algumas pessoas digerirem – toda a diversidade.
Foi um indicativo do que você realmente escuta?
Eu escuto uma grande variedade de coisas. Primariamente sou uma cara do Rock n’ Roll, mas tenho uma inclinação conteúdo mais emocional e melódico e grooves. Eu posso escutar diversos tipos de música que ninguém esperaria que eu escutasse, e ser atraído mais pelo lado melódico e musical da coisa.

Este disco foi uma experiência diferente para você, sabendo que o público estava ciente de seu desenvolvimento através do twitter?
Eu meio que contava no twitter o que estava fazendo, mas eu não presto tanta atenção para que o que qualquer um esteja pensando.

Por tanto tempo você foi o cara atrás da guitarra, da cartola ou do cabelo. As mídias sociais permitiram que você mostrasse mais de sua personalidade ou senso de humor?
Não sei. Eu realmente não faço idéia com relação ao que devo ser sob qualquer tipo de perspectiva real. As pessoas desenvolvem suas próprias idéias. O legal do twitter ou facebook foi que me deu a chance de atingir todos que estejam interessados, ao invés de soltar comunicados para a imprensa… ou vazar informações para fontes confiáveis. Isto te coloca mais no controle de sua própria divulgação ou apenas ser mais direto com os fãs em geral.

Quando você percebeu que Myles era o cara para a turnê?
Quando ele veio cantou a segunda música, eu pensei: “este é o único cara que poderia lidar com todo este material”. Coisas do álbum solo e do Guns n’ Roses e do Velvet Revolver. Myles era muito capaz.

Não tínhamos nenhum relacionamento anterior. Aconteceu dele estar de folga do Alter Bridge e topou. Neste ponto, eu só tinha duas semanas para ensaiar com a banda e só uma semana desta poderia gastar com Myles.
Sua experiência com vocalistas notórios é bem conhecida. Personalidade é algo que você considera?
Mendigos não podem escolher (N.T.: ditado cujo correspondente no Brasil seria “a cavalo dado não se olha os dentes”). O mais importante é encontrar indivíduos que são musicalmente capazes, e então você deve levar em conta seja lá qual for a personalidade dele… É algo que você tem que aceitar razoavelmente se ele canta da forma que você espera. Muitos músicos são loucos e é isto que faz deles grandes músicos.

Qual o status atual do Velvet Revolver com relação ao novo vocalista?
Havia verdade no boato de que estávamos observando Corey Taylor, mas então eu saí para a turnê. Então não há nada sendo feito no momento. Nenhuma decisão.

Fale sobre sua nova empresa de produção de filmes de terror, a “Slasher Films”.
Faremos a produção do nosso primeiro filme neste verão (N.T.: verão do hemisfério norte). Entrei nessa por acaso São um grande fã de filmes de terror. Um amigo meu tem uma empresa chamada “Scout Productions”… Ele sugeriu que eu produzisse meus próprios filmes como um braço da empresa dele. Estou completamente envolvido do desenvolvimento do roteiro à locação e escolha do cast.

Você estará envolvido na trilha?
Esta é a parte mais óbvia. Definitivamente estarei envolvido. Se vou tocar ou não, depende do filme do que ele pedir.

Quais são seus filmes de terror preferidos?
Fui criado pelos filmes de terror que começaram nos anos 30, 40 e 50. “Frankenstein”, “O lobisomem” e “Dracula”. Quando os anos 60 chegaram, teve “A Noite dos Mortos Vivos”. Eu o assisti como uma sessão dobrada, junto com o “Exorcista”. “O Exorcista” se tornou meu preferido. Então saiu “A Profecia”. Foi ótimo também. Recentemente eu gostei de “Os Estranhos”. Eu quis fazer isto, porque o gênero Terror tem sido idiotizado para uma situação quase patética. São todas umas porcarias gore realmente previsíveis. São poucos os que realmente envolvem sustos ou uma imponente estória psicológica ou personagens e vilões com profundidade. É disto que sinto falta e que quero trazer de volta.

O solo de “Sweet Child O’ Mine” parece ser um dos mais estragados no circuito de bandas cover. Você acha que ele é tão difícil assim?
Quando eu toco canções do Guns nos meus shows, faço a maioria dos solos da forma que os gravei. Eles foram espontâneos na época… Fazer eles soarem exatamente como no disco torna fácil de ser estragado.

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