Por: Marlon Brum e Nilton Carauta / EXTRA
EXTRA: Qual a melhor surpresa e a grande decepção do festival?
Roberto Medina: O melhor foi o Coldplay. Eles fizeram o show da vida deles. Mas a grande revelação para mim foi Stevie Wonder, que pegou a garotada. Pegar a mim é óbvio, mas pegar a garotada... Pegou, arrebentou! Katy Perry foi sensacional, mas já esperava isso dela. A grande decepção foi Elton John, sem dúvida. Ele fez esse mesmo show em Portugal agora, foi uma loucura! Ele se entregou, cantou por quase três horas, levantou... E no Rio ele estava profissional, correto. Mas, às vezes, você está mal de cabeça, não está bem naquele dia.
EXTRA: E Axl Rose? O que aconteceu com ele desta vez?
Medina: Achei uma falta de compromisso, de respeito com o público, o imenso atraso dele (foram mais de duas horas).
EXTRA: Então os dois estão riscados do seu caderninho?
Medina: Ah, sim. E Axl tinha aquela coisa de ligação com o Rock in Rio, mas foi lamentável.
EXTRA: Mais alguém barrado no baile?
Medina:
EXTRA: E as bandas nacionais?
Medina: Skank, Paralamas e Capital Inicial fizeram apresentações de nível internacional.
EXTRA: Qual a sua lista dos sonhos para 2013?
Medina: Já estamos trabalhando em pesquisas, e posso adiantar que Iron Maiden e Bruce Springsteen, que sempre lota os estádios, estão bem adiantados. Bruce é um cara que eu acho que vai fazer um estrago no Brasil, que é uma banda importantíssima na Europa, lota qualquer coisa de cem mil lugares. Ele veio há 30 anos para São Paulo, mas nunca mais voltou.
"Já estamos trabalhando em pesquisas, e posso adiantar que Iron Maiden e Bruce Springsteen, que sempre lota os estádios, estão bem adiantados." - Roberto MedinaEXTRA: A questão de cachê interfere na escalação?
Medina: Interfere. Não adianta, você tem que fazer um mix. Eu, quando vou negociar, já sei mais ou menos o cachê que eu vou tatear.
EXTRA: Neste caso, são os (head) lines. E os brasileiros?
Medina:
EXTRA: Quem você lamenta ter ficado de fora este ano?
Medina: Todos de frente que eu podia trazer, eu trouxe. Falaram em Lady Gaga, mas ela estava parada. O mesmo de Rolling Stones e Madonna. O U2 não se apresenta em festivais.
EXTRA: O que fazer para melhorar a questão da comida? No Bob’s, atendentes abandonaram o posto para curtir os shows, causando megafilas.
Medina: Você tem que pagar o valor adequado. Por isso, não aconteceu nas outras lojas, aconteceu no Bob’s. Estavam pagando baixo. Se você paga o valor adequado, pode estimular o funcionário, até dar um dia, comprar um bilhete. No caso dos voluntários, por exemplo, tinha um prêmio para os melhores, que iam assistir ao show do dia seguinte.EXTRA: Roberto Medina curtiu os shows só da área VIP ou foi para o povão?
Medina: Fiquei encantado com a Rock Street, uma área comum. Fui lá todos os dias para comer batata frita.
EXTRA: E o senhor enfrentava as filas gigantes?
Medina: Claro! Sou o idealizador, tenho que dar o espelho.
EXTRA: Tem discurso para os que lhe pedem convites?
Medina: Os pidões mudaram de perfil. Em 2001, eles pediam bilhete; os de agora queriam comprar um bilhete. Então, como não tinha mais, meu drama era dizer que já tinha vendido tudo. Na Espanha, já é outro tipo de pidão. Eles pedem mesmo e eu digo: "Você me ofereceu comida de graça? Você vende comida, e eu vendo bilhete".
EXTRA: A bilheteria representa quanto do seu faturamento?
Medina: Mais ou menos 38%.
EXTRA: Imaginava que seria uma fatia de bolo maior que 38%. O restante é o quê?
Medina: Comunicação, parceiros de mídia. Agora, por exemplo, você tem receita de camisetas (foram 43 mil vendidas dentro da Cidade do Rock).
EXTRA: Sete dias de festival não é muito pouco (risos)?
Medina: Eram seis, virou sete. Não dá pra saúde, cara! É muito pesado. Pesado pra caramba! Dormi três horas por dia durante esses dias de festival.
EXTRA: Em quanto está avaliado o Rock in Rio hoje, a marca?
Medina: Uns 150 milhões de euros.
EXTRA: Comparativamente ao primeiro Rock in Rio, qual foi o crescimento disso?
Medina: No primeiro Rock in Rio, a marca não tinha valor. Era só um sonho, uma aventura. Acho que a marca só começou a ganhar valor a partir de 1991. Marca existe quando se repete um projeto.
EXTRA: De que edição você menos gostou?
Medina: Não gostei do festival confinado ao Maracanã. Não é o espírito do Rock in Rio, eu jamais faria novamente o Rock in Rio num estádio de futebol, por maior que fosse... O Rock in Rio é natureza, é você andar de um lado para o outro, encontrar amigos. Não é só ver um show.
EXTRA: Há negociação para levar o evento a outros países?
Medina: Sim, temos conversado com Rússia, México, Inglaterra e Estados Unidos.
EXTRA: Você assistiu à entrevista de Christiane Torloni? O que achou do bordão "Hoje é dia de rock, bebê!"?
Medina: A pessoa está com intimidade de poder estar bebendo um pouco mais e aí tem que dar entrevista, aí a gente escorrega. Mas foi engraçado. É natural que a pessoa tenha um pilequinho num negócio desses.
Fonte: EXTRA
Medina: Mais ou menos 38%.
EXTRA: Imaginava que seria uma fatia de bolo maior que 38%. O restante é o quê?
Medina: Comunicação, parceiros de mídia. Agora, por exemplo, você tem receita de camisetas (foram 43 mil vendidas dentro da Cidade do Rock).
EXTRA: Sete dias de festival não é muito pouco (risos)?
Medina: Eram seis, virou sete. Não dá pra saúde, cara! É muito pesado. Pesado pra caramba! Dormi três horas por dia durante esses dias de festival.
EXTRA: Em quanto está avaliado o Rock in Rio hoje, a marca?
Medina: Uns 150 milhões de euros.
EXTRA: Comparativamente ao primeiro Rock in Rio, qual foi o crescimento disso?
Medina: No primeiro Rock in Rio, a marca não tinha valor. Era só um sonho, uma aventura. Acho que a marca só começou a ganhar valor a partir de 1991. Marca existe quando se repete um projeto.
EXTRA: De que edição você menos gostou?
Medina: Não gostei do festival confinado ao Maracanã. Não é o espírito do Rock in Rio, eu jamais faria novamente o Rock in Rio num estádio de futebol, por maior que fosse... O Rock in Rio é natureza, é você andar de um lado para o outro, encontrar amigos. Não é só ver um show.
EXTRA: Há negociação para levar o evento a outros países?
Medina: Sim, temos conversado com Rússia, México, Inglaterra e Estados Unidos.
EXTRA: Você assistiu à entrevista de Christiane Torloni? O que achou do bordão "Hoje é dia de rock, bebê!"?
Medina: A pessoa está com intimidade de poder estar bebendo um pouco mais e aí tem que dar entrevista, aí a gente escorrega. Mas foi engraçado. É natural que a pessoa tenha um pilequinho num negócio desses.
Fonte: EXTRA
0 comentários:
Postar um comentário