quarta-feira, 7 de setembro de 2011
RESENHA: PRIMEIRAS IMPRESSÕES SOBRE NOVO SINGLE DO ALMAH
Review orginalmente publicado pelo site da empresa MS Metal Press
Por MS Metal Press Team
Para conferir o novo single do grupo, clique aqui.
Desde que o Almah lançou em 2008 o seu segundo e bem recebido álbum “Fragile Equality”, muita coisa aconteceu na vida do conjunto. Vários shows pelo Brasil, reconhecimento nas principais publicações especializadas do mundo e, principalmente, o surgimento de um sentimento de segurança dentro do grupo, por finalmente ter adquirido uma formação sólida, assumindo assim o caráter de banda propriamente dita.
Em 2011 o quinteto composto por Edu Falaschi (vocalista), Felipe Andreoli (baixista), Marcelo Barbosa e Paulo Schroeber (guitarristas), além do carismático baterista Marcelo Moreira; está prestes a lançar o seu novo e mais ousado álbum da carreira, convenientemente batizado de “Motion”.
O título da obra foi oficializado, de maneira condizente com o atual estágio de amadurecimento que os músicos se encontram, sempre em constante evolução ou movimento. O Almah, com o lançamento de “Motion”, conseguiu o que muitos artistas passam toda a vida buscando e jamais encontram: compor canções com autenticidade desconectando-se de clichês, sempre olhando para o futuro, para então resultar em algo único e extremamente cativante. Tal ponto de vista é perceptível com facilidade ao escutar o novo single, mas preferimos deixar esse assunto para depois, já que o álbum completo será lançado no Brasil no próximo dia 16 de setembro, e não queremos aqui estragar as inúmeras surpresas contidas nele.
Precedendo o lançamento do citado material, o time que gerencia a banda disponibilizará na madrugada de quarta para a quinta-feira, à 00h00 do dia 08 de setembro, o primeiro single dele extraído. A canção escolhida como cartão de visitas foi “Trace of Trait”, faixa esta que já permite notar a drástica mudança no direcionamento musical proposto pelos caras.
O primeiro aspecto a ser destacado, e que certamente será apontado por fãs e mídia ao terem contato com o produto, é a qualidade absurda que a equipe de produção conseguiu ao finalizar todo o trabalho. Felipe Andreoli e Edu Falaschi, de fato, se superaram nesse quesito, proporcionando ao ouvinte um padrão de qualidade raras vezes visto em produções do gênero no Brasil. Tudo é muito bem definido, graças também ao talento de Jochem Jacobs (Textures), que foi o responsável pela mixagem e masterização em seu estúdio particular na Holanda, o Split Second Sound, além da dupla que virou referência quando o assunto é música pesada no Brasil: Adriano Daga e Brendan Duffey do Norcal Studios. Cada riff, cada arranjo, cada solo, podem ser notados com nitidez impressionantes, mesmo que todos esses elementos estejam contidos em estruturas de baixa afinação, onde o peso de todas elas é fator predominante.
Outra característica digna de nota: a completa falta de temor em percorrer um direcionamento musical inédito para muitos no grupo. Mesmo que Edu e Felipe tenham composto músicas como “King”, “Torn” e a “própria “Fragile Equality”; nada se compara ao peso e fluência constatados em “Trace of Trait”. Tamanha coragem rendeu um produto final que alia peso, virtuose e melodia em doses homeopáticas, onde todos os músicos transparecem a segurança de estarem à vontade nessa nova empreitada, principalmente Paulo Schroeber, que sempre bebeu da fonte de bandas como Down, Pantera, Black Label Society e congêneres.
“Trace of Trait” não é uma canção rápida. Ela na verdade se vale de altas doses de groove - com destaque para os arranjos precisos do baterista Marcelo Moreira -, peso, e solos eficientes a cargo dos sempre competentes Marcelo Barbosa e Paulo Schroeber. Tudo é muito bem linkado, atrelando-se aí um refrão que é impossível não fixar na memória após algumas poucas audições. Nesse aspecto, Edu Falaschi proporciona um show de interpretação, aliando sua voz marcante ao seu melhor momento como letrista. “Trace of Trait” carrega uma mensagem forte, direta, e que propõe com muita inteligência uma reflexão sobre a existência de aspectos autodestrutivos, que mais parecem estar geneticamente intrínsecos aos seres humanos. De fato, vale muito à pena acompanhar a música com o encarte em mãos.
O single “Trace of Trait” é apenas um dos dez fragmentos que compõem o terceiro título do Almah: “Motion”. Um pequeno aperitivo que demonstra toda a versatilidade de um grupo, que com muita competência e pés no chão, transmite sua mensagem através de temas que aliam altas doses de peso, bom gosto e execuções características de músicos brasileiros.
Fonte: Metalpress
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