Lançado em 9 de janeiro de 1984
O Van Halen cresceu rapidamente com o lançamento de seus primeiros discos. Apesar de “Fair Warning” não ter sido um sucesso de vendas e ter colaborado para aumentar a tensão entre Eddie Van Halen e David Lee Roth, “Diver Down” recuperou tanto a boa situação entre os dois quanto o número de cópias que o grupo californiano conseguia vender. Mas o lançamento seguinte, definitivamente, foi o divisor de águas da carreira da banda, em todos os sentidos.
“1984″ aterrissou às prateleiras logo em janeiro do ano de seu título. Foi o primeiro disco a ser gravado no recém-construído 5150 Studios e, como de praxe, contou com a produção do excelente Ted Templeman. Até aí tudo bem, mas quando se aperta o play, o estranhamento é enorme: um riff de teclado? Por incrível que pareça, o álbum foi o primeiro a ter maior emprego dos teclados genuinamente “oitentistas”. E o resultado ficou magnífico.
O resultado da nova investida, em termos comerciais, foi monstruoso. “1984″ atingiu a 2ª colocação das paradas estadunienses apenas porque “Thriller”, de Michael Jackson, estava morando no topo desde o ano anterior. Os singles deram conta do recado, também se tratando de EUA: o carro-chefe “Jump” atingiu o primeiro lugar das paradas gerais e conseguiu chegar ao top 20 das paradas de Dance Music (!!), enquanto “I’ll Wait” e “Panama” chegaram ao 13° lugar (obviamente em datas diferentes) e “Hot For Teacher”, à 56ª posição. Em um ano, já havia vendido 5 mihões de cópias só na terra do Tio Sam, e nos dias de hoje já ultrapassou as 10 milhões, sendo certificado como disco de diamante por lá.
No aspecto musical, a mudança é refletida em algumas canções que o uso dos teclados foi maior, mas nada que retirasse a fórmula mágica do Van Halen. Tudo estava lá, como sempre: os vocais carismáticos e cheios de identidade de David Lee Roth, as guitarras fabulosas de Eddie Van Halen, o baixo bem tocado e os backing vocals cavalares de Michael Anthony e a bateria espetacular de Alex Van Halen, além dos ótimos teclados e das impecáveis composições.
Pode-se notar maior uso de teclados e sintetizadores na festeira “Jump”, na semi-balada “I’ll Wait” e na introdução que dá nome ao álbum. De resto, o Van Halen festeiro e roqueiro com uma leve pitada do Pop marca presença, como nas farofeiras “Panama” e “Top Jimmy”, nas velozes “Hot For Teacher” e “House Of Pain” e nas hardíssimas “Girl Gone Bad” e “Drop Dead Legs”.
Infelizmente, a maioria já sabe o que aconteceu: durante a bem-sucedida “1984 Tour”, as tensões entre David Lee Roth e Eddie Van Halen voltaram à tona. Lee Roth dizia estar chateado pelo fato de Eddie ter gravado fora da banda sem ter avisado os outros integrantes (como o solo da canção “Beat It” de Michael Jackson), além do abuso de álcool e drogas, enquanto Eddie queria deixar o som da banda mais complexo e já dizia estar de “saco cheio” da performance aparecida de Diamond Dave. O fato é que ambos queriam assumir o controle completo do grupo, mas infelizmente essa briga para ver “quem aparece mais” acabou com uma das formações mais habilidosas e talentosas do Rock.
Mesmo com a péssima separação de David Lee Roth, o quarteto presenteou os fãs com essa joia e tanto. Não é a toa que “1984″ se mantém como um disco definitivo no que diz respeito à longa carreira do Van Halen: é fantástico do começo ao fim, sem nenhuma faixa dispensável. Incrivelmente clássico.
David Lee Roth (vocal)
Eddie Van Halen (guitarra, teclados)
Michael Anthony (baixo)
Alex Van Halen (bateria)
01. 1984
02. Jump
03. Panama
04. Top Jimmy
05. Drop Dead Legs
06. Hot For Teacher
07. I’ll Wait
08. Girl Gone Bad
09. House Of Pain
Fonte: Van do Halen
Fonte: Van do Halen
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