terça-feira, 9 de abril de 2013

PARABÉNS, VIPER!



Viper. Foi num dia 8 de Abril que a banda que viria a revelar ao mundo o vocalista Andre Matos fez seu primeiro show, participando do projeto Projeto SP Metal que acontecia todas as segundas e terças-feiras no Teatro Lira Paulistana. Sendo assim o Hardmetal Brasil entra em festa e comemora a data mais do que especial.

Tudo começou em 1985 com o lançamento da demo The Killera Sword.  A banda, considerada uma espécie de Iron Maiden brasileiro (devido a forte influência no som da donzela de ferro), começou a dar os primeiros passos, sendo formada por meninos que já tinham um objetivo: fazer sucesso.

Em Julho de 1987 é lançado o Soldiers of Sunrise, disco com recepção tão positiva que superou a venda de 10 mil cópias.


O sucesso também garantiu ao Viper a chance de abrir o show do Motörhead no Brasil, e viver até 1989 para gravar a menina dos olhos de sua discografia, o Theatre of Fate. Com uma intensa fusão entre o heavy metal e a música clássica, Theatre of Fate ajudaria a emplacar sucessos tais como To Live Again, Living For The Night e A Cry From The Edge, superando em alguns países as vendas dos discos de Nirvana e Van Halen.

Convites para tocar pelo mundo vieram, Soldiers of Sunrise foi lançado no Japão, até que a banda sofreu sua ruptura mais famosa: a saída de Andre Matos. O músico deixou o grupo para continuar seus estudos musicais na Alemanha, voltando mais tarde para o Brasil e tornando-se vocalista do Angra. 

Nesse meio tempo o Viper procurou outro vocalista, e viu no baixista Pit Passarell uma oportunidade que se refletiu em um disco mais pesado, direto e influenciado pelo thrash metal: o Evolution, lançado em 1992, dono do hit Rebel Maniac, que fez bastante sucesso no Japão. No mesmo ano foi lançado o mini-álbum Vipera Sapiens, gravado em Munique (Alemanha).  

Em 18 de Abril de 1993 a banda encerra outra turnê internacional no Japão, gravando no Club Cittá em Tóquio o show que seria lançado sob o nome de Maniacs In Japan. Ao voltar para o Brasil o Viper crava mais uma conquista de respeito, tornando-se a banda de abertura das duas apresentações do Metallica no Parque Antártica. 

Coma Rage então é lançado em 1995, com forte influência no punk rock e hardcore. O play trouxe reações divididas entre os fãs, perdendo alguns e ganhando outros ao explorar um novo caminho. A banda também lançaria os videos das músicas Coma Rage e I Fought the Law, cover do The Clash.

Eis aí que a banda alcança seu período negro, com o afamado Tem Pra Todo Mundo, um estranho disco  com letras em português e sonoridade leve, mais voltada para o pop rock e distante do metal Iron Maiden-esco ou trasher de outrora. A banda entrou então em hiato e aproveitou para lançar a coletanea  Everybody,  Everybody em 1999. 

O ano de 2001 viu o retorno do Viper de maneira tímida, contando agora com Guilherme Martin na bateria, Val Santos na guitarra, Ricardo Bocci nos vocais, o guitarrista Felipe Machado e de Pit Passarell, que passou a se dedica apenas ao baixo. E onde estava Yves Passarell? Havia deixado a formação para se dedicar 100% ao Capital Inicial, sua nova banda. Mesmo assim o grupo segue ativo, subindo em 2004 nos palcos do Rock The Planet em São Paulo, juntamente com bandas como Shaman, Kotipelto e Edguy.

All My Life chegou em 2007 após o lançamento do DVD 20 Years Living for the Night, contando na íntegra a história do Viper vivida até a data em questão, porém marcada por adversidades, um novo hiato veio e em 2010 foi anunciada a saída do vocalista Riccardo Bocci para se dedicar à sua carreira solo.


Apesar das milhares de idas e vindas chegamos em 2012, com o convite que uniu Andre Matos aos antigos companheiros em uma nova turnê, para comemorar os 25 anos do álbum Soldiers of Sunrise, que trouxe a grande surpresa: a execução ao vivo, inédita e na íntegra do Theatre of Fate. Andre Matos,  Pit Passarell, Felipe Machado e Guilherme Martin inciaram a To Live Again Tour, fizeram parte da passagem do Kiss pelo Brasil e estão com um novo DVD comemorativo em produção.

Sobre 2013 não precisa nem falar demais, é possível resumir em uma só frase:
Veremos pela primeira vez o Viper nos palcos do Rock In Rio.

Com uma história dessas não resta outra coisa além de parabéns, certo?


Fonte: hardmetal Brasil

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