W.A.S.P.: 25 anos de Live… In The Raw

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

W.A.S.P.: 25 anos de Live… In The Raw

W.A.S.P. – Live… In The Raw

Lançado em 27 de novembro de 1987

Apesar da recente saída do guitarrista Randy Piper, o W.A.S.P. não se afetou e logo tratou de chamar um substituto, mas um baixista: Johnny Rod, que pulou fora do King Kobra para fazer parte da banda. Blackie Lawless trocou o baixo pela guitarra, além de assumir o microfone. A line-up colocou na praça o mediano Inside The Electric Circus – hoje considerado por Lawless o pior da discografia – em 1986 e sentiu que era a hora certa para um disco ao vivo.

Live… In The Raw teve o objetivo de se tornar o disco que estouraria de vez o grupo, já que o reconhecimento obtido até então não era suficiente para torná-los uma “febre” musical. Proposta espelhada no arrasa-quarteirões Alive! do KISS – aliás, a influência dos mascarados e de Alice Cooper para o W.A.S.P. é inegável.

O registro foi gravado no dia 10 de março de 1987, em um concerto na Long Beach Arena de Long Beach, Califórnia. A casa de shows é conhecida por vários discos ao vivo terem sido gravados por lá, como How The West Was Won do Led Zeppelin, The Night the Light Went On (In Long Beach) do Electric Light Orchestra e Live After Death do Iron Maiden.

Live… In The Raw capta, até certo ponto, muito bem a essência do grupo. Os quarteto se mostra completamente afiado. A ausência do visual – o maior atrativo do W.A.S.P. – pesa, mas o ótimo repertório aqui presente compensa. Todos os pontos altos da carreira do grupo estão presentes. O ponto negativo é o número reduzido de faixas.

Vale mencionar a presença do cover “I Don’t Need No Doctor”, original de Ray Charles e single lançado pelo quarteto metálico, e das inéditas “Harder Faster” e “The Manimal”, compostas especialmente para esse show, e “Scream Until You Like It”, cut de estúdio inclusa na trilha sonora do filme Ghoulies II. Além, é claro, dos clássicos que preenchem o resto do setlist.

Live… In The Raw vendeu bem, principalmente nos Estados Unidos, mas o plano de “estourar” com a gravação não deu muito certo. Por conta disso, é possível afirmar que este álbum é um divisor de águas na carreira da banda. A partir daí, o direcionamento musical do grupo se modificou consideravelmente, amadurecendo em vários sentidos. Blackie Lawless finalmente caiu na real e concluiu que, apesar da qualidade de sua banda, o sucesso massivo jamais chegaria. Trabalhos bastante densos e competentes vieram depois.