terça-feira, 11 de novembro de 2014

Deep Purple mostra cansaço em Brasília



Por Marcos Pinheiro
Fotos: Lyanna Soares

Como bem definiu o amigo Felipe Campbell, jornalista e fã de carteirinha do Deep Purple, o show realizado em Brasília na noite de sexta-feira (7/11) foi “curto e com muitas músicas novas para o pouco tempo”. Eu acrescentaria mais: Ian Gillan, 69 anos, estava visivelmente cansado – ele teria se sentido mal antes -, o que na minha opinião prejudicou a apresentação, com duração de quase 1h45. Sem pique, ele deixou o palco várias vezes para “tomar um ar” no backstage. Além disso, o calor na pista Premium do NET Live Brasília estava de derreter os ossos e particularmente me incomodou muito – lá atrás, na chamada “pista comum”, o clima parecia mais ameno, talvez pela proximidade com a área externa.

Claro que a simples presença na cidade de uma banda dessa importância, após mais de 17 anos, é de se louvar. Não à toa, o espaço lotou com mais de seis mil pessoas, entre muitos “veteranos” e alguns mais jovens, com vários músicos e produtores locais. Transitar entre bares, banheiros e plateia estava beeem complicado! Mas a música é o que fala mais alto. E o repertório foi justamente aquele que antecipamos na última sexta-feira no blog do Cult22. A única – e muito sentida – exceção foi Highway Star, inexplicavelmente excluída do set list. O Purple vinha tocando esse clássico, do álbum Machine Head (1972), em shows realizados há pouco tempo nos Estados Unidos.

Das 17 músicas apresentadas, quatro são do mais recente álbum, Now What?!, lançado em abril de 2013: Après Vous (que abriu o show pontualmente às 22h30), Vincent Price, Uncommon Man e o já “hit” Hell to Pay. Aliás, foi justamente a partir de Hell to Pay que a apresentação chegou ao ponto alto. O tecladista Don Airey, em seu momento solo, homenageou a música brasileira com vários inserts recebidos com palmas. E emendou com a sensacional Perfect Strangers em seu andamento crescente que lembra muito Kashmir, do Led Zeppelin. Na sequência, mais dois clássicos: Space Truckin´ e a inevitável Smoke on the Water.

Confesso que não consegui ver direito o bis, pois precisei montar os equipamentos na varanda para começar a discotecar tão logo terminasse o show. Assim como não consegui ver nada da abertura com a banda Rock n´Roll Circus (foto), que tocou das 21h30 às 22h: tive que correr de volta à Transamérica FM para apresentar o programa Cult 22. Ao longe vi/ouvi a galera cantando em coro Hush e Black Night, que fecharam a gig do Deep Purple. Era quase 0h15 quando abri meu “DJ set” com The Doors e segui com vários clássicos do rock dos anos 1960 aos 1990. Cercado de vários amigos e conhecidos – e de uma galera grande e animada que ficou para curtir um som e esticar a noite -, fomos até 2h. Acho que só não rolou mais porque tinha acabado a cerveja nos bares…

Set list

. Après Vous
. Into the Fire
. Hard Lovin’ Man
. Strange Kind of Woman
. Vincent Price
. Contact Lost
. Uncommon Man
. The Well-Dressed Guitar 
. The Mule (com solo de bateria)
. Lazy
. Hell to Pay

Solo de teclados
. Perfect Strangers
. Space Truckin’
. Smoke on the Water 

Bis
. Green Onions (Booker T. & The MG’s)
. Hush (Billy Joe Royal)
Solo de baixo
. Black Night

Fonte: Blog Cult22

0 comentários:

Postar um comentário