A banda de Planaltina fala sobre Misrule, seu novo EP.
A banda Zilla formada em meados de 2001 na cidade satélite de Planaltina, em termos faz parte de uma nova geração do Metal de Brasília. Novos grupos que surgem a cada dia que passa, aproveitam de recursos e tecnologia para priorizar a qualidade. Podemos destacar grandes talentos que representa a música extrema, Device, Coral de Espírito, Zilla entre muitas outras são prova de minhas palavras. Conversei com o guitarrista, Mark Nagash, onde podemos abordar diferentes assuntos que evolvem a banda. Mark fala da boa recepção do primeiro álbum (Programatic Evolution), de futuros trabalhos, inclusive sobre o novo EP com cinco músicas inéditas, intitulado “Misrule”. A banda Zilla é completada por Lucas (Vocal), Bodão (Guitarra), Wagner (Baixo) e Glauco (Bateria).
Olá amigos! Já faz algum tempo que "Pragmatic Evolution" (Debut-álbum) foi lançado. Como tem sido a repercussão do mesmo?
Mark Nagash: Até os dias atuais o Pragmatic Evolution tem repercutido de forma muito satisfatória. Sempre em nossos canais e perfis diariamente aparecem novas solicitações de amizade e as pessoas dizem que já ouviram ou ouviu de alguém falar muito bem do CD e consequentemente da banda. O mesmo tem ocorrido nos shows quanto tocamos para um público novo. Sem sombra de dúvidas este disco ainda nos trará muitos fãs. Estamos muito felizes com ele, pois, até agora só nos trouxe resultados positivos.
Ainda falando do CD, ele traz uma qualidade considerada boa. O resultado superou as expectativas da banda?
Mark: Superou sim! Por várias vezes procuramos o nosso produtor, Caio Duarte, querendo saber mais informações sobre gravações, e tudo mais relacionados nesse contexto, para que o produto final fosse no mínimo satisfatório. Nossas expectativas foram alcançadas com bastante êxito porque o Caio se integrou ao “Feeling” da banda. Ele captou e passou para o CD justamente aquilo que mais desejávamos para o primeiro álbum. Cada músico recebeu todas as instruções e pudemos ficar tranquilos na hora de gravar contribuindo até para que tudo ocorresse bem.
Quem assina a produção do trabalho foi o produtor e músico, Caio Duarte do Broadband Studio. Como foi trabalhar com ele?
Mark: Foi excelente. Aprendemos muitas coisas úteis com ele que sabiamente usaremos no futuro. O Caio é sem dúvida um dos melhores produtores de Brasília e também do Brasil. Um pouco antes de começarmos as gravações enviei a ele as nossas músicas em midi para que as interpretasse da melhor maneira. Quando entramos em estúdio ele já sabia todas elas com extrema precisão, isso auxiliou demais, pois, é natural bater certo nervosismo básico na hora de gravar. Caio Duarte é sem dúvidas um produtor que se entrega ao seu trabalho para melhor fazer pela banda que está produzindo. Só temos elogios e agradecimentos.
Na antiga formação da banda, que ainda contava com o baterista Jander (X-Hatred), a vocês abordavam uma linha de som mais levada para o Metal-Core/New Metal. Hoje podemos encontrar a banda totalmente com uma proposta diferente com o que se praticava nos primórdios.
Mark: A banda jamais se limitou a seguir perenemente um só seguimento, muito pelo contrário. Eu mesmo gosto da maioria dos subgêneros do Metal há outros integrantes que gostam de músicas mais leves outros mais extremos e por ai vai e no geral todos gostam em absoluto do que fazem no Zilla. Na época que o Jander tocou conosco houve uma reciprocidade musical muito boa. Lembro-me de quando tocávamos Lost do Kreator e Low do Testament nos shows e o público ia ao delírio, pois, a maior parte de nosso repertório era baseado em covers e estávamos deixando isso para nos dedicarmos e mostrarmos nossa própria música. Essas mudanças deixaram muitas pessoas surpresas quando ouviram o Pragmatic Evolution e não supriram suas expectativas ainda ligadas ao passado da banda, nem por isso recebemos críticas negativas, adverso a isso, só recebemos criticas positivas de todas as partes.
Eu estaria errado em descrever que o som da banda está próximo ao que as bandas Carcass e Arch Enemy praticam? Enfim, o que rotulamos de Death-Metal Melódico...
Mark: Suponho que sim, mesmo porque para mim o Carcass é uma das bandas que mais venero, admiro e qualquer outro adjetivo parecido. Não é o que planejo e acho que para os outros integrantes também que a banda se torne ao ponto de literalmente sermos igualados. O gênero, ok! Pode até ser o mesmo, mas, no fundo entre eles mesmos, Carcass e Arch Enemy e a banda Zilla há uma diferença a ser considerada. Quando mudamos mais uma vez o estilo até refletimos a respeito se seríamos bem aceitos aqui no Distrito Federal pelo fato de que a grande maioria das bandas sempre se focou no Hardcore, no Death e no Thrash Metal que ainda é bem forte aqui.
Felizmente pude comparecer a edição do festvial Roça N Roll (Varginha/MG). Na qual oportunidade vocês concorriam uma vaga no festival Wacken Open Air (ALE). Por que "diabos" a banda não executou "Down The Edge" no set (risos)? Acredito que ela é uma faixa trunfo, não?
Mark: (Risos) Cara, se o Pedro Humangous da Hell Divine Magazine estivesse por lá, teria dito exatamente a mesma coisa e se brincar teria enchido o saco. Enfim, foi muito difícil para nós escolhermos o setlist para aquele show. Tínhamos um tempo muito curto e como somos muito democráticos entre nós mesmos, tivemos então que abrir uma votação sobre quais músicas tocar. Tenha a certeza que Down the Edge foi cogitada, mas, não teve votos o bastante. Concordo quanto ao trunfo, mas, quando eu soube que o Nekrost havia ganhado os vi como um todo sem músicas específicas. Lembrarei sempre de suas palavras e darei ainda mais créditos a essa música.
Além de "Down the Edge" qual faixa mais se destacou na opinião dos ouvintes e seguidores da banda, e até mesmo dos próprios integrantes?
Mark:Acredito que Pragmatic Evolution é uma música que a maioria aprecia, percebo isso nos shows. Recentemente tocamos no Carnarock e isso ficou bem claro. Ela tem um “punch” que ao vivo o público entra no clima e interage muito com a banda. Apesar de compor todas elas podem parecer até estranho de repente, mas, para mim tenho um carinho especial por Outnumbered por ser uma música de muitos riffs, rápida, climática e de várias passagens. Ela sintetiza bem o que procuro numa música.
A Zilla é uma banda que se preocupa com a qualidade, algo que não sai barato. O retorno de todo trabalho é rentável? Existe força e recursos para um próximo trabalho?
Mark: O único retorno que realmente temos é a satisfação de ver os nossos fãs felizes com o nosso trabalho. Isso não tem preço. O que investimos em Pragmatic Evolution nem de longe retornará para a banda em termos financeiros. Mas, isso não nos desanima em momento algum. Música extrema talvez seja rentável para bandas que estão sempre na mídia sendo ouvidas e faladas constantemente. Estamos sempre empenhados, visando em tocar para os nossos fãs da melhor forma possível onde eles estiverem e onde podemos ir. Força para o próximo trabalho certamente existe, mas, recursos momentaneamente não.
Bem, estamos chegando ao final de nossa entrevista. Gostaria que os leitores do Rock Brasília fossem atualizados sobre os trabalhos da Zilla? Novidades por aí?
Mark: Sim! Com certeza! Estamos comemorando 10 anos de estrada com muitas batalhas vencidas e outras por vir. E para comemorar esta data significante para todos nós, dia 10 de Março faremos na Hell Divine Fest o lançamento virtual de nosso EP intitulado MISRULE, tocando duas músicas novas que acredito eu ficará na mente de todos os Headbangers que apreciam uma boa música. Um pouco antes desta data teremos atualizado todos os nossos perfis e disponibilizaremos o EP para download. Mais uma vez a produção conta com o trabalho essencial de Caio Duarte. Teremos mais novidades em breve e esperamos que a galera esteja sempre nos acompanhando para estarem sempre por dentro do que estamos fazendo.
Foi um prazer rapaziada, um grande abraço! Espaço aberto.
Mark: Fico muito agradecido pela gentileza de nos entrevistar e também agradeço a cada um que tirou um pouquinho do seu tempo para saber mais a respeito da banda Zilla. Abração a todos e Força Extrema.
Fonte: Rock Brasília
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